Suspeita de vender atestados médicos falsos em MG chegava a ganhar R$ 5 mil por mês, segundo a Polícia Civil
10/06/2025
(Foto: Reprodução) Ainda de acordo com a polícia, a suspeita vendia em média 40 documentos por semana em Pouso Alegre. Suspeita de vender atestados médicos falsos chegava a ganhar R$ 5 mil por mês em MG
A mulher que foi presa na última sexta-feira (6) por suspeita de vender atestados médicos falsos em Pouso Alegre (MG), faturava até R$ 5 mil por mês, segundo a Polícia Civil.
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Ainda de acordo com a polícia, a suspeita vendia em média 40 documentos por semana, além de ter um caderno onde registrava as vendas.
“Ela vendia pelo preço inicial de R$ 30, e conforme a pessoa quisesse mais dias, ela aumentava o valor. Em média, ela vendia 40 atestados por semana e tinha uma renda aproximada de R$ 5 mil por mês”, contou o delegado Paulo César de Sousa Oliveira em entrevista à EPTV, afiliada à Rede Globo.
Mulher que vendia atestados médicos falsos em Pouso Alegre chegava a ganhar R$ 5 mil por mês, segundo a Polícia Civil
Polícia Civil
Conforme o delegado, a mulher vendeu mais de 1 mil atestados, mas esse número pode ser maior, já que ela não tinha o costume de registrar as vendas.
“O que está registrado são mais de 1 mil documentos que foram falsificados. (...) Ela começou a fazer o registro mais organizado em novembro do ano passado, [então] antes dessa data ela também vendia, só não tinha um registro escrito”, explicou.
Como a mulher não tinha antecedentes criminais e o ato praticado não envolveu violência, foi determinada uma fiança de um salário mínimo (R$ 1.518). Ela pagou o valor e está respondendo em liberdade.
A polícia ainda investiga a possibilidade de terem mais envolvidos no esquema, pois, segundo relatado pela mulher, ela recebeu os formulários de atestados em branco de outras pessoas.
Utilizar atestado médico falso também é crime
Utilizar um atestado médico falso é considerado crime no Brasil e pode gerar sérias consequências legais.
De acordo com o Código Penal, quem utiliza um atestado falso, mesmo sem ter participado da falsificação, responde por uso de documento falso (art. 304), com pena de 2 a 6 anos de reclusão e multa.
Se o atestado for verdadeiro, mas contiver informações falsas, por exemplo, emitido por um médico que foi enganado ou agiu de má-fé, o médico pode responder por falsidade ideológica (art. 299), e o solicitante também pode ser responsabilizado.
Além das implicações criminais, o uso de atestado falso pode resultar em demissão por justa causa.
Entenda o caso
A Polícia Civil informou na segunda-feira (9) que prendeu em flagrante uma mulher suspeita de comercializar atestados médicos falsificados em Pouso Alegre (MG).
A ação aconteceu na última sexta-feira (6) durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão no bairro Quadrante Sudoeste.
Polícia Civil prendeu mulher por vender atestados médicos falsos em Pouso Alegre, MG
Polícia Civil
No imóvel da investigada, os policiais civis apreenderam documentos falsificados, entre eles, formulários de atestados médicos com logotipos de hospitais, operadoras de convênios e prefeitura.
Segundo a Polícia Civil, também foram localizados um caderno com anotações de controle financeiro, detalhando os pagamentos realizados, e uma pasta sanfonada organizada por ordem alfabética contendo diversos formulários preenchidos. Um atestado com data do dia da operação foi encontrado entre os materiais, o que motivou a prisão em flagrante.
Ainda conforme a Polícia Civil, a investigada de 44 anos foi conduzida à unidade policial e permanece à disposição da Justiça. O material apreendido será submetido à perícia. As investigações seguem em andamento.
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