Operação policial mira golpes bancários que causaram prejuízo de mais de R$ 20 milhões em MG
22/05/2025
(Foto: Reprodução) Mais de 100 vítimas foram identificadas. Policiais cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em Belo Horizonte, na Região Metropolitana e em cidades do interior para desarticular organização criminosa. Polícia Civil realiza operação em agências bancárias e escritórios de advocacia
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realiza, nesta quinta-feira (22), a operação Descrédito, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa responsável por aplicar golpes bancários em diversas regiões do estado. Ao todo, 15 pessoas foram presas, dentre elas quatro gerentes e dois ex-gerentes de três brancos.
A estimativa é que os prejuízos ultrapassam a casa dos R$ 20 milhões.
Mais de 100 policiais civis participaram da ação, que cumpriu 16 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em Belo Horizonte, em Sabará, Betim e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, em Montes Claros, no Norte de Minas, e em São Sebastião do Paraíso, no Sul, onde a investigação começou, após a denúncia de uma vítima que descobriu um empréstimo feito em seu nome sem autorização.
"Desses 16 [mandados de prisão preventiva], 15 [dos alvos] foram presos. São 4 gerentes de instituições financeiras e 2 ex-gerentes. [...] Agora nós estamos nos trâmites finais já da operação e conclusão do inquérito", detalhou o delegado Rafael Gomes, responsável pela Operação Descrédito.
A Justiça também determinou o bloqueio de 97 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.
As investigações indicam que o grupo agia de forma articulada, com a participação de gerentes de bancos e escritórios de advocacia, para fraudar empréstimos e movimentações financeiras em nome de terceiros, por meio de documentos falsificados.
Os crimes investigados incluem estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação e uso de documentos falsos.
Desde o início da apuração, em setembro de 2024, mais de 100 vítimas foram identificadas, entre pessoas físicas e empresas. Tanto os clientes quanto os próprios bancos foram lesados pelos golpes.
A Polícia Civil informou que outras informações sobre o andamento da operação serão divulgadas ao longo do dia.
Nesta manhã, policiais cumpriram mandados em agências do Centro e do bairro de Lourdes, na capital mineira.
Em nota, o Banco do Brasil informou que "acompanha a operação e apoia a Polícia Civil", mas que não divulgará informações para "para não atrapalhar as investigações".
Já o Santander informou que também está cooperando com a Polícia Civil por meio de sua área de inteligência e que o banco "possui sistemas altamente eficazes para identificar eventuais desvios de conduta".
O Itaú Unibanco disse que "repudia tais comportamentos antiéticos e reforça que está apoiando as autoridades durante as investigações".
Policiais cumprem mandados na região Central de Belo Horizonte na manhã desta quinta-feira (22).
Reprodução/TV Globo
Materiais apreendidos na operação policial.
Divulgação/Polícia Civil de Minas Gerais
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